Liane é "polemica" em suas histórias, colocando em outras palavras: ela não cria aquele cenário de contos de fada, mas sim a realidade que muitas pessoas vivem nesse mundo a fora. Nesse livro não é diferente, porém um pouco mais forte, já que nele ela fala sobre estupro, violência domestica, bullying e como nós contamos pequenas mentiras a nós mesmos para fazer esses assuntos parecerem coisas normais do dia a dia.


 A história foca em um caso que poderia ser um assassinato na noite de encontro de pais da Escola Pirriwee. Durante a investigação vamos tomando parte de tudo o que aconteceu antes dessa noite, conhecemos Madeline, aquela "perua" que todos nós amamos, que tem um ódio mortal pelo ex marido e sua nova mulher, mesmo ela sendo cassada com um cara incrível. Conhecemos também Celeste, rica, linda, cassada com o homem que seria o desejo de todas em Pirriwee. E conhecemos  Jane, que acabou de se mudar com seu filhinho Ziggy, que começara a estudar com os gêmeos de Celeste e com a filha de Madeline. Logo elas três se tornam amigas e começamos a ver as pequenas mentiras que elas contam a si mesmo até desvendar a morte misteriosa.


Quando comecei a ler quase que não conseguia soltar o livro. Ri, chorrei, fiquei com vontade de entrar na história e dar uns tapas, e de também dar umas sacudidas e dizer "não foi sua culpa". Liane conseguiu mais uma vez me prender e me fazer pensar no livro mesmo semanas após ter-lo finalizado, mal posso esperar para ler outra obra dessa incrível escritora.